quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

TEM ALGUÉM EM CASA?


- Toc, toc, toc!
(silêncio)
- Ei, tem alguém aí?
(silêncio)
- Tem alguém am casa?

Vamos combinar que é um saco ir visitar uma pessoa e não encontrar ninguém em casa. Evidentemente que com todas as masters tecnologias de hoje isso acontece pouco. Isso porque o fator surpresa foi definitivamente limado de nossas vidas. Ninguém levanta sua bunda gorda da poltrona e atravessa a cidade sem antes dar uma ligadinha, mandar uma mensagenzinha... NO SURPRISES.

Mas até aí, tudo bem, né, porque ninguém gosta de perder tempo, nem de ficar com cara de concha. Mas por que eu to falando disso?

Porque eu tava lendo um texto Budista sobre passagem de Ano e tals (ainda na tentativa de “entrar no clima”) e achei nas minhas coisas uma reflexão muito interessante. Na verdade, eu já tinha lido e relido este texto algumas vezes, mas me lembrei de que ele era baseado numa palestra proferida justamente numa virada de ano.

E me lembrei também de uma coisa muito legal. O começo do texto diz assim: Quando você vai a uma casa e você quer encontrar alguém nela, você pergunta, “há alguém em casa?”. E se alguém diz “sim”, então você ficará feliz. Você não quer ir a uma casa onde não tem ninguém. Muito frequentemente nós não estamos em casa. Estamos perdidos em nossos pensamentos, nossas preocupações, nossos projetos, nossa ansiedade, nosso medo. Nós estamos completamente perdidos. Não estamos lá para ficarmos a par do que está acontecendo.

Puts, toda vez que leio este texto fico impactada como a primeira. Quantas vezes eu não estou em casa? Quantas vezes tudo o que eu sou não passa de um simulacro social ou uma holografia? Quantas vezes eu estou falando com o “chuck”, em vez de alguém? Quantas vezes eu estou falando com um copo de original?

Isso realmente me bota louca, mas como diria Andersen, é a mais pura verdade. Na maioria esmagadora das conversas e diálogos, alguém não está em casa.
A maior parte do ano, não estamos em casa. A maior parte da vida, não estamos em casa. Que merda!

Mas o texto, que é super bacaninha, dá alguns toques sobre o que fazer – segundo a filosofia budista: fazer o que for preciso para ficar presente no aqui e no agora, pois muitas vezes o nosso corpo está aqui, mas nossa mente está em outro lugar.
(...)
A prática oferecida a nós pelo Buda não é estar no piloto automático, mas a prática da consciência, da vida consciente.
(...)
O Buda é alguém feito de plena consciência, concentração, e insight. Plena consciência, concentração, e insight te trazem liberdade. A prática da plena consciência o ajuda a viver sua vida. Plena consciência nos permite reconhecer os pensamentos negativos e tocar as coisas positivas. Temos de produzir outros pensamentos que sejam dignos de um praticante. Um tipo de pensamento que traga felicidade. Você não é uma vítima de seu pensamento.
(...) O maior sucesso, o mais significativo tipo de sucesso é a liberdade. Nós temos que lutar por nossa liberdade. E não é indo para algum lugar, ou para o futuro, que temos liberdade; é exatamente no aqui e agora. O modo de começar é ficar presente, ficar vivo, ser você mesmo em todos os momentos.


Então é isso. Estou indo de volta pra casa.

3 comentários:

LU disse...

Dessa vez eu nao sei o q comentar...
Mas como eu sempre passo por aqui...

Esse final de semana eu vou `a Cardiff... no pais de Gales.
Parece q vai ta' mo' friaca por la'!!!
Eu ainda nao conheco... so' o interior do pais!!!
Vamos em 7 negos... fiz uns amigos novos e juntei uma turma das antigas!!!

So' isso...

saudades!!!

LU disse...

Sem historia hoje??? pooooo

Flavinho disse...

Ritoca!

Porra, texto muito bacana! E como o amigo ai de cima disse que passa por isso as vezes, acho que não é só ele, mas com certeza todo mundo!

Ser você mesmo em todos os momentos é o ponto mais complicado, hein?

Pegou um ponto fraco de mta gente no texto! Quebrou tudo!

Bjs