segunda-feira, 1 de março de 2010

Fichamento n.o 4


A oeste de Roma, de John Fante


Fichamento n.o 4.

A oeste de Roma, de John Fante.


CA RA LE O! Mais um puta livro bom de John Fante...
Meu, sinceramente, porque nos mandam ler José de Alencar na oitava série? Qual é o propósito de nos torturarem com a descrição da porra da pata da gazela?

Não consigo entender porque garotos e garotas de quinze anos não leem histórias inteligentes, capazes de nos dar uma mínima ideia do que é a vida real: bebedeiras, sexo, violência, medo, explosão, momentos de dor e de alegria....

Puts! Ficam enchendo a nossa cara com os famosos clássicos.... Depois, a gente fica nessa puta ressaca de ler. Conheço gente que depois de ler José de Alencar nunca mais tocou num livro. Sério mesmo. E olha que o Zé de Alencar tem até umas coisas legais da fase indianista....

Mas em geral os livrinhos da escola são todos muito limpos, muito leves, sem ferir ninguém (como diz o Belchior...). Um saco, na verdade!

Uma maneira rápida e segura de traumatizar possíveis leitores.

Mas vamos ao livro do Fante. A oeste de Roma é um livro dividido em duas novelas. A primeira, mais longa, e a segunda, um pouco rápida. Ambas com um fôlego fantástico.

Na primeira temos a saga de um pai, escritor meia-boca, que vê seus quatro filhos saírem de casa, amargando suas próprias derrotas pessoais. Na segunda, uma família extremamente católica corrompida pelo espírito sutil do dinheiro e do sexo.

A maravilha, entretanto, está no fato de Fante ser um brilhante narrador. É extremamente inteligente e mordaz. Além de possui um humor que eu nunca vi em nenhum outro escritor.

Resumindo: estou apaixonada! Hehe

E ainda não me chegou às mãos o Pergunte ao pó.... sua obra “mais mais” que eu quero ler de qualquer jeito.

Saco.

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